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2012 - Livro Vermelho 2013

Begonia valdensium A.DC. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 24-08-2012

Criterio:

Avaliador: Julia Caram Sfair

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie amplamente distribuída encontrada em lugares fragmentados da Mata Atlântica. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie é considerada como "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Begonia valdensium A.DC.;

Família: Begoniaceae

Sinônimos:

  • > Begonia valdensium var. angustior ;
  • > Begonia valdensium var. valdensium ;
  • > Begonia rutilans ;
  • > Begonia peristegia ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Descrita originalmente em Ann. Sci. Nat., Bot. IV, 11: 138 1859. A espécie caracteriza-se pelo colar de tricomas muito curtos no ápice do pecíolo, pela ala do fruto ascendente, pelas estípulas grandes e eretas e pelas brácteas persistentes envolvendo os dicásios mais jovens da inflorescência (Mamede et al., 2012).

Distribuição

A espécie ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Jacques, 2012).

Ecologia

Espécie herbácea a subarbustiva ereta com 1 a 2 m de altura, monóica, registro de floração de março a outubro, com polinização ocorrendo através de abelhas principalmente das famílias Halictidae e Apidae, frutificação de maio a junho e nos meses de Agosto e outubro, ocorre em Floresta Ombrófila em áreas luminosas como clareiras, margens de trilhas e mata de dossel baixo (Jacques, 1996; Kollmann, 2006; Wyatt; Sazima, 2011; Mamede et al., 2012).

Ameaças

10.5 Fire
Detalhes A espécie ocorre na Reserva Ecológica de Santa Lúcia no Espírito Santo (Kollmann, 2006), que apesar de ser uma área protegida ainda sofre com ameaça de incêndios já que a vizinhança ainda utiliza essa prática para limpeza de terreno (Mendes; Padovan, 2000)

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Mata Atlântica vemsofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa,degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilizaçãodestas áreas para plantios e pastagens (Young et al., 2005).

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Vulnerável" (VU). Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie apresenta registros de ocorrência na Reserva Ecológica de Macaé de Cima, RJ (Jacques, 1996), encontrada facilmente na Estação Biológica de Santa Lúcia, ES (Kollmann, 2006), no Parque Nacional da Serra dos Orgãos, RJ (Wesenberg, 713 SP), Parque Estadual do Forno Grande, ES (Kollmann, 3195, 6769, 7957,9177, 9968 HSJRP), Reserva Biológica Augusto Ruschi, ES (Kollmann, 4913 HSJRP), Parque Estadual da Serra do Mar, SP (Souza, 153, 3504 SP; Baitello, 481 SP) e na Estação Ecológica Juréia-Itatins, SP (Gomes da Silva, 104 SP).

Referências

- WYATT, G.E.; SAZIMA, M. Pollination and reproductive biology of thirteen species of Begonia in the Serra do Mar State Park, São Paulo, Brazil, Journal of Pollination Ecology, v.06, n.14, p.95-107, 2011.

- KOLLMANN, L.J.C. Begoniaceae da Estação Biológica de Santa Lúcia, município de Santa Teresa, Estado do Espírito Santo, Brasil. Bolétim do Museu de Biológia Mello Leitão, v. 20, p. 07-25, 2006.

- MENDES, S.L.; PADOVAN, M.P. A Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa, Espírito Santo. Bolétim do Museu de Biológia Mello Leitão, v. 11/12, p. 7-34, 2000.

- JACQUES, E.L. Begoniaceae in in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <>. Acesso em: 04 Jun 2012.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- JACQUES, E.L.LIMA, M.P.M.; GUEDES-BRUNI, R.R. (ORG.). Begoniaceae. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 1996. 133 p.

- YOUNG, C.E.;GALINDO-LEAL, C.;CÂMARA, I.G. Causas socioeconômicas do desmatamento da Mata Atlântica brasileira. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 103-115 p.

- MAMEDE, M.C.H.; SILVA, S.J.G.; JACQUES, E.L.; ARENQUE, B.C.WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; ROMANINI, R.P.; MELHEM, T.S.; SHEPHERD, G.J.; GIULIETTI, A.M.; PIRANI, J.R.; KIRIZAWA, M.; MELO, M.M.R.F.; CORDEIRO, I.; KINOSHITA, L.S. (EDS). Begoniaceae. São Paulo, SP: Instituto de Botânica, Fapesp, 2012. 73-115 p.

Como citar

CNCFlora. Begonia valdensium in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Begonia valdensium>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 24/08/2012 - 14:08:48